Pai rico pai pobre

Certamente você já ouviu falar sobre o livro pai rico pai pobre. Disponibilizamos abaixo um breve resumo deste livro fantástico que já vendeu dezenas de milhões de cópias e que vem mudando a vida de muita gente.

Conta a história de Robert Kiyosaki e seu amigo Mike. Robert era filho de um professor universitário, que tem o privilégio de ter a orientação de dois pais, um rico e outro pobre.

O pai rico que chamamos é pai de seu amigo Mike, e o pai pobre é seu pai, um homem muito instruído e inteligente. Ambos homens influentes e bem sucedidos em suas carreiras, embora um sempre com dificuldades financeiras. Os dois acreditam na educação, mas com visões diferentes. Um dizia: "O amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal" o outro "A falta de dinheiro é a raiz de todo o mal".


Um dos pais recomendava "Estude arduamente para poder trabalhar em uma boa empresa" o outro falava "Estude arduamente para comprar uma empresa".

Através dessas opiniões tão divergentes Robert teve a oportunidade de optar por qual dos pais iria dar ouvidos, sendo assim resolveu seguir os conselhos do pai rico.

Robert e seu amigo Mike estudaram em uma escola pública onde todas as crianças dessa escola eram filhos de pessoas ricas. Foi então que Robert começou a indagar seu pai, como ele poderia ficar rico, seu pai não soube lhe explicar. No dia seguinte Robert propôs a seu amigo Mike uma sociedade para ambos ficarem ricos. Infelizmente seu primeiro negócio foi um fracasso. O pai de Robert reconheceu o esforço doas meninos, foi em tão que ele aconselhou à eles que fossem pedir conselhos sobre como ficar rico com o pai de Mike "Pai rico".

Foi a partir desse momento que Robert e Mike começaram a trabalhar e estudar como o pai rico, que lhes ofereceu um emprego em uma de suas lojas.


O pai rico mostra a importância de termos objetivos e persistência, e que devemos fazer com que o dinheiro trabalhe para nós ao invés de trabalharmos para o dinheiro.

E não importa o quanto se ganha, mas sim o quanto se guarda. Para construir um grande império, um sonho devemos planejar e construir em bases sólidas. Sem construirmos sem planejarmos, assim com muitas pessoas o fazem, esse império não vai durar muito tempo.

Muitos se preocupam em ter, não em saber, para um dia ser uma pessoa rica. A diferença entre o Ativo e o Passivo é: * O Ativo coloca dinheiro no seu bolso, * O Passivo tira dinheiro do seu bolso.

O dinheiro só acentua o padrão de fluxo de caixa que está na sua mente. Se seu padrão for gastar tudo o que ganha, o mais provável é que um aumento de dinheiro disponível, apenas resulte em um aumento de despesas.

O que falta na educação não saber como ganhar dinheiro, mas como gasta-lo, o que fazer com ele depois de tê-lo ganho.

Os ricos compram ativos, os pobres só tem despesas e a classe média compra passivos, pensando que são ativos.

Para o autor os vários reais que devemos adquiri são agrupados em várias categorias:
Se tiver que trabalhar nos negócios, não é negócio;

* Ações;
* Títulos;
* Fundos Mútuos;
* Imóveis que geram renda;
* Promissória;

Compre ativos que goste, pois o que você gosta, você cuida. Nos estados unidos, os impostos que originalmente foram criados para que houvesse uma taxação sobre os mais ricos, com o passar do tempo começaram a incidir sobre a classe média e daí para baixo, penalizando assim quem os aprovou mediante votação.

Sendo assim faz-se necessário o conhecimento do sistema legal, juntamente com a contabilidade para que se possa adequar os investimentos à menor incidência de impostos. E nesse aspecto a sociedade anônima constitui uma excelente ferramenta. Pois além de proteger os ativos sob um manto de artifícios legais, faz com que os impostos incidam sobre o saldo do faturamento menos todos os gastos, enquanto que para uma pessoa física o desconto do imposto dá-se na fonte de sua renda.

Todos os indivíduos possuem uma gama de atributos para que possam tornar-se empreendedores bem sucedidos. E, por que isso não ocorre?

A principal causa á a falta de autoconfiança, pois no mundo fora dos centros de informação (escolas) são exigidas habilidades que lá não foram desenvolvidas, tais como garra, ousadia, coragem, audácia, esperteza e tenacidade, entre outras.

Por isso precisamos desenvolver nossa capacidade de avaliar e assumir riscos administrando-os em cada oportunidade que nos aparece, pois a tendência natural é a busca da segurança que geralmente não é a melhor escolha para sermos bem sucedidos em nossos empreendimentos.

Os empreendedores encontram oportunidades onde a grande maioria não as vê, assumem riscos baseando-se em conhecimentos financeiros contábeis e jurídicos capazes de tornarem estes riscos calculáveis e então entrar no "jogo" do mercado para sonhar, e se fracassarem sabem que isso faz parte da busca do sucesso e usam isso para tornarem-se mais atentos na próxima oportunidade e assim vão cumulando ativos ao longo da vida ao passo que as pessoas que não desenvolveram esta inteligência financeira passaram o tempo inteiro fazendo contas de como saldar suas dívidas, reclamando do patrão e do governo, quando na verdade o que poderia mudar sua situação financeira seria uma mudança de atitude frente às oportunidades, passando da acomodação à ação.

Robert diz que um profissional deve se preocupar em apreender, em ampliar seus conhecimentos, independente do Roma de negócios que venha escolher. Não devemos trabalhar pensando exclusivamente em um salário melhor ou em um emprego mais estável, mais duradouro, porque se nos especializarmos em uma única área ficaremos dependente deste mercado, e por tanto, vulnerável profissionalmente.

Devemos desenvolver habilidades e conhecimento gerais que nos servirão para administrar o nosso negócio. Algumas habilidades como vendas e entendimento de organização são básicas para que qualquer atividade possa ter sucesso.

Se você aprender a vender bem a sua idéia, independente de qual seja, terá sucesso. Se você aprender a administrar bem o seu negócio, na área financeira, pessoal, independente de qual seja, terá sucesso.

Quanto melhor você se comunicar, negociar a administrar mais sucesso terá. Devemos aprender que também devemos ser eternos alunos e eternos professores, que devemos dar para poder receber.

Mesmo as pessoas alfabetizadas financeiramente, podem ter problemas para sua independência financeira. Algumas razões são: Medo - Não existe nada de errado em perder dinheiro, o importante é ter a coragem de encarar o medo e o risco.
"Se você odeia risco e preocupação .... comece cedo"

Nunca encontraremos um vencedor que nunca passou por perdas e fracassos. Para os vencedores o fracasso é uma inspiração, para os perdedores uma derrota.

Se você for do tipo que não aceita perder, fique com a segurança. Se quiser enfrentar o fracasso, vá a luta, ache seu foco e encare as perdas como fonte de inspiração.

Superar o Ceticismo - Existem aquelas pessoas pessimistas que procuram a todo o momento razões para achar que algo não vai dar certo, influenciando negativamente a si e aos que o rodeiam.

Idéia com esta fazem pessimistas andarem para traz, pois escolhem ficar com a segurança, enquanto que os ricos que não dão ouvidos ao medo, encaram os desafios.

Preguiça - Preguiça não é o nome que se da para aquelas pessoas que não gostam de trabalhar. Muitos profissionais ocupados demais, muitas vezes com a desculpa de excesso de trabalho estão é fugindo de algo mais, de encarar algo novo, do desfio. Isto também chamamos de preguiça. Podemos lutar contra essa forma de preguiça, desenvolvendo dentro de nós uma ambição, positiva é claro, que nos faz parar de dizer frases como "Isso eu não posso comprar" e nos faz com que digamos "O que tenho que fazer para comprar isto?"

Maus Hábitos - Nossa vida é um reflexo de nossos hábitos de nossa educação. O empresário dito como correto sempre paga primeiro suas obrigações e depois se sobrar paga a si próprio.

Se pagarmos a nós em primeiro lugar, teremos que trabalhar mais, pois nossas obrigações somos obrigados a pagar, com isso, teremos criado uma nova fonte de motivação. Arrogância é ego mais ignorância - O que sei, me faz ganhar dinheiro, o que não sei me faz perder. Muitas pessoas usam a arrogância para disfarçar sua ignorância sobre determinado assunto. Quando você for ignorante sobre determinado assunto não se acomode, não se envergonhe, busque algo ou alguém que lhe de este conhecimento.

Em cada um de nós reside um gênio financeiro, para algumas pessoas este gênio está adormecido, pois nossa cultura nos ensina que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Nossa cultura nos ensina a trabalhar pelo dinheiro e não o dinheiro a trabalhar para nós, nos ensina a não nos preocupar com o futuro financeiro. Devemos definir os "não quero" e os "quero" na vida, ou seja, não quero perder dinheiro, não quero trabalhar a vida inteira, não quero ser empregado, os "não quero", eles criam os "quero", exemplo, quero ser livre para viajar por todo o mundo e viver o estilo de vida que gosto, quero controlar meu tempo e minha vida.

Acredite que você é capaz, vá atrás de seus sonhos, realize-os. Para tanto, segundo o autor existem 10 passos importantíssimos para se seguir:

- Encontrar razão maior que a realidade, tenha um objetivo, algo motivador, escolha o que você quer!

Pessoas arrogantes e críticas são muitas vezes, pessoas com baixa auto-estima, que têm medo de assumir riscos.

2° - O poder da escolha, você escolhe as opções que colocam você mais próximo de seus objetivos.

3° - Escolha seus amigos, não somente por sua situação financeira, mas sim, pelo que essa pessoa possa lhe transmitir de ensinamentos e conhecimentos, bons ou ruins, bons para que você possa fazer o mesmo e ruins para que você nunca faça.

4° - Domine uma fórmula de fazer algo cada vez melhor e mais rápido, isto serve também para ganhar dinheiro.

5° - Autodisciplina, ou seja, pague primeiro a si mesmo, mesmo sem dinheiro, pague a si mesmo primeiro, porque a partir daí você usará a cobrança de seus credores como motivação e determinação para conseguir o quer.

6° - Pague bem as pessoas que trabalham para você, principalmente aquelas que lhe ajudam a ganhar dinheiro.

7° - Sempre que emprestar, solicite de volta, sempre observe o retorno sobre o investimento: são os ativos que você obtém de graça depois que você recebe seu dinheiro de volta. Isso é inteligência financeira.

8° - Ativos compram supérfluos, ou seja, concentre-se em como ganhar dinheiro fazendo o dinheiro trabalhar por você, coloque seu desejo de consumir para motivar seu gênio financeiro a investir.

9° - A necessidade de heróis, temos a necessidade de nos espelhar em alguém positivo, pessoas bem sucedidas como exemplo, porque se eles conseguiram nós também conseguiremos.

10° - Doe antes de receber, sempre que puder doe algo a alguém principalmente conhecimento. Isto é uma ação, e toda a ação tem uma reação.

Há muita gente que quer fazer, em lugar de pensar, e há gente que pensa mas não faz. As duas formas juntas são ótimas, devemos adorar idéias e adorar agir. Pare de fazer o que não funciona e procure algo novo para fazer. Não desista de uma idéia antes de tentar, compre livros, faça cursos, busque novas idéias, converse com alguém que já tenha feito o que você quer fazer, peça dicas.

Quando estiver comprando faça ofertas mínimas, sem a vergonha e o medo, e quando estiver vendendo sempre peça o máximo possível. Quando algo envolve dinheiro seja profissional, esperto, queira só ganhar.

Pessoas que pensam pequeno não conseguem grandes oportunidades, comece pensando grande e termine pensando maior ainda.

Você precisa agir antes de poder receber recompensas financeiras. Aja agora!


Pai Rico Pai Pobre

Pai Rico, Pai Pobre conta à história do norte-americano Robert Kiyosaki. Ele conseguiu ser um investidor de sucesso e conquistar a independência financeira. A alfabetização financeira de Robert começou aos nove anos, com lições do pai de um amigo, a quem o autor passou a chamar de "Pai Rico". Foi dele que Robert recebeu as primeiras noções sobre o valor do dinheiro. Conselhos bem diferentes dos dados por seu verdadeiro pai, a quem chama de "Pai Pobre".

O objetivo deste livro é o de partilhar percepções quanto à maneira como uma maior inteligência financeira pode ser empregada para resolver muitos dos problemas comuns da vida. Sem treinamento financeiro, freqüentemente recorremos a fórmulas padronizadas para levar a vida, como trabalhar com afinco, poupar, fazer empréstimos e pagar impostos demais.

Segundo o autor, cada indivíduo tem o poder de determinar o destino do dinheiro que chega às mãos. A escolha é de cada um. A cada dia, a cada nota, decidimos ser rico, pobre ou classe média. Dividir este conhecimento com os filhos é a melhor maneira de prepará-los para o mundo que os aguarda. Ninguém mais o fará.

No livro há comparações entre o pai rico e o pai pobre, tendo como principal diferença a Inteligência financeira. Uma combinação de várias habilidades e talentos, que necessitam também de sólidos conhecimentos em quatro grandes áreas: Contabilidade (capacidade de ler e entender demonstrações financeiras, permitindo identificar os pontos fortes e fracos de qualquer negócio), investimento, conhecimento da lei (como utilizar vantagens tributárias) e entendimento dos mercados.

Segundo o autor, a educação formal não prepara as crianças para a vida real, e boas notas e formação não bastam para garantir o sucesso de alguém. A diferença está entre ter o controle do próprio destino ou não. O livro traz lições para controlar o destino e tornar-se bem-sucedido.

Como comprar e vender ações

1 - Home Broker
É o sistema de negociação eletrônica que permite aos clientes operar na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), via internet. O Home Broker está conectado diretamente ao sistema de negociação da Bovespa e permite o envio de ordens de compra e venda de ações e opções com rapidez e segurança pela corretora de escolha do cliente. (O guiadeinvestimento disponibiliza um comparativo das principais corretoras da Bovespa na seção Corretoras)


Além da praticidade e da agilidade nas negociações, o Home Broker oferece vantagens como consulta a informações financeiras e de custódia, envio de ordens programadas, notícias do mercado, estudos gráficos e cotações em tempo real. Apenas corretoras de valores regulamentadas na Bovespa podem oferecer este tipo de ferramenta aos seus clientes. Clique aqui para visualizar um quadro comparativo de corretoras e seus serviços.

2 - Mesas de operações
É a ferramenta para operação em bolsa de valores, através de assessores especializados, para a realização das negociações no mercado financeiro. As mesas de operações permitem a negociação, por telefone, de ações, opções, termo, futuro, à vista e operações descobertas.

Pela mesa de operação é possível verificar ainda a abertura do mercado e consultar os índices futuro, dólar e commodities agrícola. Esta ferramenta possibilita tanto a negociação na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) quanto na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).

Veja as formas de negociação no mercado à vista:

É a compra ou venda em pregão de determinada quantidade de ações para liquidação imediata.

A liquidação física, ou seja, entrega dos títulos comprados ao seu comprador, é feita três dias úteis após a operação (D+3). A liquidação financeira, pagamento ou recebimento dos recursos financeiros oriundos da compra ou venda dos papéis, é formalizada em até três dias úteis após a operação.

1 - Normal
É a operação regular no mercado de compra e venda de ativos. Para a operação ser considerada normal, não pode ser feita em um mesmo pregão, por uma mesma corretora e por conta do mesmo investidor.

2 - Day Trade
É uma operação no mercado à vista que permite a compra e venda de uma mesma ação, opção ou índice em um mesmo pregão, por uma mesma corretora e pelo mesmo investidor, obrigatoriamente. Este tipo de negociação se caracteriza como uma operação de arbitragem e sua liquidação financeira é realizada no terceiro dia útil após a realização do pregão (D+3), no caso de negociação com ações.

3 - After market
É o mercado de negociação fora do horário de pregão regular. Este mercado funciona pelo Home Broker nos seguintes horários: Call de abertura às 17h30, e funcionamento de 17h45 às 19h (horário normal) ou de 18h45 às 19h30 (horário de verão).

Além do horário diferenciado, o after market conta com algumas características especiais como permissão de negociações apenas no mercado à vista, limite de ordem de R$ 100.000,00 por investidor e variação máxima de 2% sobre o preço do fechamento do horário normal da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).


Aprenda sobre os tipos de ordem de compra e venda dos ativos:

1 - Ordem do tipo start
É uma ordem de compra de ações e opções enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), vinculada a um preço máximo. Quando a ordem start é solicitada, o papel em questão é comprado quando o preço no mercado atingir ou ultrapassar o preço pré-determinado pelo cliente (preço start). A ordem start tem prazo de validade de 30 dias e, após este período, o investidor deve voltar a registrá-la caso ela não tenha sido executada.

Exemplo: Se um investidor deseja comprar uma ação apenas após a confirmação do rompimento de uma resistência, ele poderá determinar o valor de disparo da ordem e o preço limite a ser pago pela ação. Suponha que uma ação esteja sendo negociada a R$ 20,00, sua resistência é R$ 21,50 e o investidor queira comprar a ação apenas se conseguir o negócio acima dessa resistência. Neste caso, poderá ser colocada uma ordem com o preço de start a R$ 21,51 e o preço limite a R$ 21,60.

2 - Ordem do tipo Stop
É uma ordem de venda de ações ou opções enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cujos critérios de validação são previamente estabelecidos pelo cliente. A ordem stop tem prazo de validade de 30 dias e, após este período, o investidor deve voltar a registrá-la caso ela não tenha sido executada.

A ordem do tipo stop pode ser usada como proteção para o investidor, já que a ordem de venda é enviada à Bovespa quando o preço da ação ficar abaixo do limite determinado pelo investidor.

Exemplo: Se um investidor comprar uma ação a R$ 2,00 e quiser limitar sua perda a 10%, ele pode determinar uma ordem stop limitada a R$ 1,80. Quando o preço do último negócio for igual ou menor a R$ 1,81 (preço stop), será disparada uma ordem de venda limitada a R$ 1,80 (preço limite).

Este mecanismo permite ainda que o preço de disparo seja diferente do preço limite de execução. O investidor pode estabelecer o preço de disparo da ordem em R$ 1,80 (preço stop), mas com execução limitada a R$ 1,70 (preço limite). Vale lembrar que mesmo que a ordem esteja limitada a uma venda de até R$ 1,70 o preço de execução poderá ser superior caso haja um comprador a preço melhor no momento da execução.

3 - Ordem Stop Simultâneo
É uma ordem de venda enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cujo disparo é definido por dois parâmetros diferentes. Neste caso, a ordem pode "stopar" um prejuízo ou "stopar" um lucro, válida por 30 dias.

Exemplo: Um investidor que tenha comprado uma ação a R$ 20,00 pode limitar seu prejuízo a R$ 19,00 por ativo e seu lucro a R$ 22,00 por papel. Neste caso, ele colocará a ordem de stop simultâneo com estes dois preços limites para disparo da ordem. Ao ser atingido um dos dois parâmetros, a ordem segue apenas uma vez para a Bovespa. Ou seja, mesmo que o segundo parâmetro venha a ser atingido futuramente, este não será realizado, visto que a ordem já terá sido executada de acordo com o primeiro parâmetro.

4 - Ordem do tipo Stop Móvel
É uma ordem que acompanha uma possível alta do mercado ajustando o preço limite para cima e o preço stop conforme determinação do cliente. Esta ordem, muito utilizada em mercados mais desenvolvidos, também é chamada de Trailling Stop (stop de pico).

Ao enviar a ordem stop móvel, o cliente deve preencher quatro campos de preço: stop, limite, início móvel (preço "gatilho", sempre acima do mercado, que iniciará o processo de mobilidade dos preços stop e limite) e ajuste inicial (acréscimo sobre o valor dos preços limite e stop quando o início móvel for atingido)

No envio da ordem pelo Home Broker, os valores stop e limite serão corrigidos pelo valor financeiro, e não por percentual (usados em outros mercado).

Exemplo: Um investidor envia uma ordem stop móvel para o papel PETR4, cuja cotação hipotética está em R$ 100,00. O preço stop será registrado em R$ 95,00 e o limite, em R$ 94,00. Caso o preço caia para R$ 95,00, o sistema enviará ordem a 94,00.

Caso o cliente deseja que o preço stop suba caso PETR4 tenha alta, por exemplo, atinja o valor de R$ 105,00, ele precisa definir que stop seja ajustado para R$ 98,00 (acréscimo de R$ 3,00). Neste caso o início móvel passará a ser R$ 105,00. O limite após ajuste também será acrescido de R$ 3,00, passando para R$ 97,00.

Vale ressaltar que, assim que o início do móvel for atingido, os valores stop e limite se ajustarão a cada variação (centavos) caso a alta da PETR4 persista. Ou seja, se após o início do móvel a PETR4 suba mais e atinja a cotação de R$ 107,53, o preço stop subirá na mesma proporção, indo para R$ 100,53 (R$ 98,00 + R$ 2,53). Neste caso, o o preço limite vai pra R$ 99,53 (R$ 97,00 + R$ 2,53). É importante lembrar que o preço stop nunca se move para baixo, ou seja, se PETR4 voltar a cair a ordem será enviada a R$ 99,53, assim que o preço atingir R$ 100,53.

5 - Ordem limitada
É um tipo de ordem que, obrigatoriamente, terá um preço máximo de compra e um preço mínimo de venda. As ordens inseridas pelo Home Broker são sempre do tipo limitada, por exigência da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

Lembramos que uma operação pode ser executada a um preço mais favorável, caso a contraparte tenha inserido uma ordem a um preço superior ao determinado como limite para a venda, ou a um preço inferior no caso da compra.

6 - Ordem administrada
É um tipo de ordem que especifica somente a quantidade e as características dos ativos ou direitos a serem comprados ou vendidos, ficando a execução a critério daCorretora.

7 - Ordem casada
É uma ordem vinculada à execução de uma outra ordem do mesmo cliente, ou seja, só será realizada caso a ordem casada também seja. Pode ter ou não limite de preço.

8 - Ordem discricionária
É uma ordem feita por um administrador de carteira de títulos e valores mobiliários, ou por representante de mais de um cliente, que estabelece as condições em que a ordem deve ser executada. Após a execução, o administrador indicará os nomes dos clientes que deverão receber a quantidade de ativos diretos oriundos da operação e o respectivo preço.

9 - Ordem de financiamento (Compra à vista e Venda Opção)
É um tipo constituída por uma ordem de compra de um ativo no mercado da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), e outra de venda de opção do mesmo ativo. As ordens podem ser executadas no mesmo ou em outro pregão.

10 - Ordem a mercado
É uma ordem que especifica somente a quantidade e as características dos ativos e direitos a serem comprados ou vendidos. Deve ser executada a partir do momento em que for recebida pela corretora.

11 - Ordem Monitorada
É um tipo de ordem em que o cliente, em tempo real, decide e determina à corretora as condições de execução.

Atenção:

1 - Os preços dos ativos se alteram com o pagamento de proventos (dividendos, bonificações, splits e grupamentos) e podem provocar o disparo de uma ordem stop ou start. A responsabilidade pelo monitoramento da ordem é de exclusiva responsabilidade do investidor. O guiadeinvestimento recomenda que o investidor acompanhe, diariamente, o comportamento do seu ativo para que uma ordem stop ou start não seja disparada em uma nova situação de mercado.

2 - Uma ordem stop só será disparada caso a posição de ações esteja disponível no momento do disparo. Uma ordem start só será disparada caso o investidor possua limite financeiro disponível para compra.

3 - O registro de uma ordem start ou stop limitada não garante sua execução. A execução das ordens depende das regras operacionais determinadas pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

Bovespa Bolsa de valores - como investir pela internet ?

Bovespa Bolsa de valores - como investir pela internet ?

Quem pretende começar a investir no mercado de capitais pela Internet precisa ter mais do que conhecimentos tecnológicos para operar programas de webtraders. O primeiro passo é escolher uma boa corretora de valores, que é responsável por executar ordens de compra e venda na Bolsa. Essa interface é obrigatória e necessária para operar. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem diversas empresas associadas que estão listadas no site www.bovespa.com.br, ou você pode ver o nosso comparativo das principais corretoras de investimento.


Mas antes de ensaiar os primeiros investimentos, o mercado financeiro exige do investidor um período de aprendizado. Para os especialistas, esse é um ponto fundamental para reduzir as chances de erro. “Uma boa assessoria informativa e treino são fundamentais”, diz Celso Ricardo Souza Costa, assessor de investimentos da Corretora Souza Barros.

“Informação especializada com linguagem simples e fácil de entender ajudam o investidor a decidir seus movimentos”, acrescenta Costa, ressaltando que o mercado de ações é movido a informação. Todos os agentes demandam informações sobre companhias, agregados setoriais e macroeconômicos, negócios realizados e em andamento, assim como respectivos investidores.

Simulador Web

Uma boa opção para não transformar suas economias em trocados e saber como operar no mercado é o simulador Web, uma espécie de jogo virtual. Você pode experimentar como ele funciona nos seguintes endereços:
http://emacao.folha.uol.com.br e
http://www.fatorcorretora.com.br/home/default.aspx.

O simulador usa dinheiro fictício para fazer aplicações, testar conhecimentos e avaliar as empresas cotadas na Bolsa. O participante se inscreve no site e ganha uma conta com capital fixo virtual. A partir daí, ele compra e vende ações dentro dos limites estabelecidos e terá noção do retorno das aplicações que fizer.

O objetivo do simulador é que o investidor consiga a melhor rentabilidade de sua carteira. “O simulador é uma ferramenta importante para criar experiência, testar os indicadores e aproximar a pessoa da realidade”, diz o empresário Rodrigo Mamede. Ele gasta em torno de dez horas por dia em operações no mercado de câmbio. Há dois anos, Rodrigo começou a dedicar mais tempo ao mercado. “Uso plataformas de operação Forex e Deal para negociar cotações”, explica. Em meio a tantas opções e informações, o WNews preparou um manual básico para ajudar quem quer começar a investir na Bolsa de Valores pela Web.

Como escolher a corretora?

No nosso comparativo das principais corretoras de investimento no Brasil, existe uma relação das corretoras associadas com os respectivos endereços, telefones e sites.

Como escolher a melhor empresa?

Os sites das corretoras devem oferecer os seguintes elementos:

Informações com linguagem clara, fácil e atualizada;
Atendimento ao investidor por meio de Web, Messenger, e-mail ou telefone;
Relatórios sobre o mercado financeiro;
Sugestões de compra e venda;
Segurança das transações por assinatura digital.

Como funciona a corretora online?

O investidor se cadastra no site e ganha uma senha eletrônica;
A empresa abre uma conta-corrente que será gerenciada por ela mesma;
É preciso fazer um depósito inicial, que será o capital de investimento inicial. Os valores variam de acordo com a corretora;
A empresa cobra taxas para cada operação de acordo com o volume negociado. A tabela com os percentuais deve estar visível no site.

Como operar?

O investidor entra no site da operadora e envia uma ordem de compra ou venda à corretora;
Esta, por sua vez, redireciona o pedido pelo sistema webtrader que acessa a home broker da Bovespa, no caso;
O tempo entre a ordem e sua concretização é em torno de 30 segundos;
A operadora é obrigada a manter o investidor informado, por relatórios, dos resultados.

Quais as vantagens de operar pelo Home Broker?

Agilidade no cadastramento e no trâmite de documentos;
Consulta, pelo investidor, a posições financeiras e de custódia;
Acompanhamento de sua carteira de ações;
Acesso às cotações (algumas corretoras poderão oferecer também notícias e análises sobre o mercado);
Envio de ordens imediatas, ou programadas, de compra e venda de ações, no mercado à vista (lote-padrão e fracionário) e no mercado de opções (compra e venda de opções);
Recebimento da confirmação de ordens executadas e resumo financeiro (nota de corretagem).

Formas de investir

Individualmente: quando o investidor procura uma corretora, preenche um cadastro virtual e escolhe as ações que vai comprar;
Por meio de Fundos de Ações: quando o investidor compra cotas de um fundo de ações administrado por uma corretora, banco ou gestor de recursos independente, autorizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários);
Por Clube de Investimento: quando um grupo de pessoas físicas se reúne e procura uma corretora para constituir um Clube de Investimentos com o objetivo de aplicar recursos em uma carteira de ações.

Alguns termos:

Mercado à vista: mercado no qual a entrega dos títulos pelo vencedor é feita no segundo dia útil após a realização do negócio em pregão. Já a liquidação financeira (pagamento dos títulos pelo comprador) se dá no terceiro dia útil posterior à negociação;

Mercado de opções: mercado no qual são negociados direitos de compra ou venda de um lote de valores mobiliários, com preços e prazos de exercício pré-estabelecidos por contrato;

Lote-padrão: lote de títulos de características idênticas em em quantidade prefixada pelas bolsas de valores;

Lote fracionário: quantidade de ações inferior ao lote-padrão;

Nota de corretagem: documento que a sociedade corretora apresenta ao cliente, com o registro da operação realizada, indicação da espécie, quantidade de títulos, preço, data do pregão, valor da negociação e corretagem cobrada.

Mercado imobiliário - Investidores

Os donos da chave de sua casa...
...do seu escritório, de hotéis, hospitais. Eis os homens que irrigam com dinheiro o boom do setor imobiliário.
por Joaquim Castanheira

O paulistano Armando Montes sempre cultivou o desejo de investir em imóveis – herança da ascendência ibérica, brinca ele. Faltava-lhe dinheiro e, sobretudo, segurança para escolher o investimento correto, que lhe garantisse bom retorno. Pois anos atrás Montes descobriu uma forma de realizar seu sonho sem escapar de suas restrições financeiras.


Por cerca de R$ 20 mil comprou duas cotas do fundo de investimento formado para a construção de um shopping center. Hoje recebe “aluguel” do empreendimento – cerca de R$ 900 mensais. “Os lojistas são meus inquilinos”, diverte-se ele. Na outra ponta dessa história, encontra-se Fábio Nogueira, diretor geral da Brazilian Finance & Real State, uma empresa voltada para investimentos no mercado imobiliário. Há oito anos, Nogueira montou um fundo imobiliário, arrecadou R$ 40 milhões e viabilizou a construção do shopping. Foi a primeira operação desse tipo no Brasil. Investidores como Montes e empresários como Nogueira desenharam um novo modelo para o setor imobiliário. Nessa nova era, esse mercado já não vive apenas de cimento, tijolo e financiamentos oficiais.

Fábio Nogueira: sua Brazil
Finance já movimentou R$
4,5 bilhões com securitização
e fundos imobiliários

José Paim: com investimento
de R$ 1,5 bilhão, conduz o
maior projeto residencial em andamento no País




Hoje, a aplicação em imóveis vai rapidamente se transformando em uma nova modalidade de investimento financeiro, assim como ações, títulos públicos ou caderneta de poupança. “Fizemos a transição do mundo do concreto para o mundo dos papéis”, afirma Nogueira.

Zeca Caldeira




Daniel Citron: a Tishman monta
um fundo, de US$ 500 milhões, ex-
clusivo para investir no Brasil





Aos 46 anos, Nogueira faz parte de uma geração de executivos e empreendedores que está conduzindo o setor nessa travessia. São sujeitos com uma larga experiência no setor. Possuem a cabeça voltada mais para a engenharia financeira do que para a engenharia civil. Ao contrário dos antigos construtores, não têm apego aos imóveis que ajudam a erguer e podem vendê-los assim que o investimento for remunerado com um bom lucro. Mais e mais, esse time terá em suas mãos as chaves de sua casa, de seu escritório, de hotéis, hospitais e todo tipo de empreendimento destinado a abrigar pessoas. São eles os protagonistas do boom imobiliário que agita o País neste momento. Segundo um estudo da Merrill Lynch, somente neste ano o setor deverá receber investimento de R$ 27,5 bilhões. Em algum momento, boa parte dessa dinheirama passará pelas mesas dessa nova geração de empresários.

Nogueira dedica-se há mais de 20 anos ao setor. Seu currículo acumula passagens por instituições do porte do Citibank, BankBoston e BCN. “Em cada um deles, criei a área imobiliária a partir do zero”, conta. Desde então, e ainda hoje, o grande desafio é convencer o investidor a entregar seu dinheiro sem receber uma escritura de volta. “Em compensação, ele tem rentabilidade e liquidez maiores do que se comprasse um imóvel diretamente”, diz ele. Com esse tipo de argumentação, a Brazilian Finance já estruturou operações de R$ 2,5 bilhões em fundos imobiliários e outro R$ 1,5 bilhão em securitização de recebíveis. Graças a esses instrumentos, a companhia viabilizou a construção da Torre Norte, um dos mais modernos e vistosos edifícios de escritórios de São Paulo, e o Shopping Pátio Higienópolis. Sua mais recente empreitada foi um fundo para financiar o projeto do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo. Em duas emissões, o empreendimento captou R$ 65 milhões. “Foi um sucesso”, afirma Nogueira. “Os investidores já não torcem o nariz para esse tipo de aplicação.”

Helcio Nagamine


Paulo Ximenes: sua corretora acaba
de vender uma cobertura, na planta,
por R$ 8,7 milhões








Nem sempre foi assim. Na primeira operação de securitização, a Brazilian Finance comprou propositadamente uma carteira de recebíveis problemática, que já havia sido renegociada um vez e continuava apresentando níveis de inadimplência elevados. “Queríamos demonstrar nossa capacidade no pior dos mundos possíveis”, diz Nogueira. A empresa estabeleceu também uma regra “sossega investidor”: assumiria perdas equivalentes a 20% dos recebíveis. Mais: conseguiu que seu primeiro cliente fosse o Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, instituição que dispensa apresentações. No final das contas, o resultado foi positivo. “Era um produto desconhecido e gerou desconfiança. Com essas medidas construímos nossa credibilidade”, resume Nogueira.

O que segurou a explosão do mercado imobiliário foi o longo período de inflação alta no País. “Tratava-se de um investimento de longo prazo num cenário de curtíssimo prazo. Acreditávamos no setor, mas nossa persistência beirava a teimosia”, afirma Carlos Betancourt, presidente da Bracor. Depois de mais de 20 anos de atuação nesse meio, Betancourt fundou a Bracor em junho de 2006, em associação com o Equity International, maior grupo de investimentos imobiliários do mundo vendido recentemente por seu fundador Sam Zell por impressionantes US$ 36 bilhões. Desde que abriu as portas, a Bracor já colocou R$ 500 milhões em território brasileiro. Seu negócio é adquirir imóveis corporativos e, em seguida, alugá-los para os antigos proprietários. Foi assim com um centro de distribuição da Alpargatas no Nordeste. A Brascor também ergue edificações sob medida para um cliente mediante um contrato de locação de longo prazo, a exemplo de um centro de distribuição para a AGV Logística, em Vinhedo (SP). Em outros casos, adquire um imóvel antigo e o reforma de acordo com a necessidade de uma empresa específica, num processo chamado de retrofit. “Há um enorme espaço de crescimento”, diz Betancourt. “As empresas brasileiras possuem muito capital imobilizado. Se o acionista quisesse investir em prédio, colocava seu dinheiro em uma imobiliária.” Segundo ele, as companhias americanas possuem apenas 20% de seu capital em edifícios. No Brasil, esse índice é de 80%.

Betancourt atua na parte menos aguerrida do mercado, a de imóveis corporativos. “Num momento de expansão, os residenciais saem na frente. Os clientes corporativos esperam mais, agem mais racionalmente”, diz José Paim de Andrade, da MaxCap, especializada na gestão de investimentos do setor. Paim comandou a primeira abertura de capital de uma construtora, a Rossi, da qual foi um dos fundadores. Hoje, identifica boas oportunidades, reúne grandes investidores e viabiliza tacadas gigantescas. Um deles foi a aquisição do Edifício Esso, no Rio de Janeiro, há três anos. Construído em 1933 como sede da Standard Oil e atualmente tombado pelo patrimônio histórico, o local abrigará a unidade carioca do Ibmec, depois de passar, durante nove meses, por uma profunda restauração – um contrato de locação de 15 anos. Valorizado, o prédio será colocado à venda por Paim no próximo mês de março. “O retorno para os investidores será de 70% ao ano”, aposta ele. Mas o lance de porte conduzido por Paim é o Campos São Paulo, um bairro residencial com oito torres de apartamentos, cujos preços começam em mais de R$ 1,5 milhão. A empreitada total consumirá R$ 1,5 bilhão e estará concluída em cinco anos. “É o maior projeto imobiliário em andamento no País”, afirma ele. Seu principal parceiro é a construtora Bueno Neto. Recentemente venderam uma parcela de 25% do negócio para a Tecnisa, uma das grandes construtora do País. “Nunca imaginei viver num momento desses. Antes tínhamos projetos, mas faltavam recursos”, afirma. “Hoje, a situação é inversa.”

A euforia no mercado residencial é capaz de mudar até a estratégia de grandes companhias do setor. A Tishman Speyer transformou-se na maior investidora imobiliária do mundo focada apenas para escritórios de alto padrão. Ícones como o Rockfeller Center e o Chrysler Building, em Nova York, e o Sony Center, em Berlim, são de sua propriedade. Em 2003, porém, diante do marasmo desse pedaço do mercado, a empresa entrou na área residencial. “Foi um esforço danado convencer os acionistas dessa mudança”, diz Daniel Citron, presidente da filial brasileira. “Com os resultados, porém, a Tishman levou a experiência para outros países.” Em dez anos de presença no Brasil, a empresa já vendeu 250 mil metros quadrados de imóveis. Nesse período, investiu o equivalente a R$ 1,5 bilhão em nove projetos de grande porte. Em algumas semanas, Citron espera uma nova onda de recursos. A Tishman está montando um fundo de investimento no exterior para investir exclusivamente no Brasil. A expectativa é arrecadar até US$ 500 milhões. “Até hoje, utilizávamos o dinheiro de nossos fundos globais. Agora, teremos um exclusivo para o País”, afirma Citron.

A sofisticação dos projetos cria um efeito cascata no mercado, desde a etapa de construção à venda de escritório e apartamentos. Paulo Cezar Ximenes, um ex-executivo da Merrill Lynch em Nova York, identificou a carência de corretores de imóveis qualificados para atender clientes endinheirados. De volta para o Brasil, “aproveitou o DNA da família” (o avô e o pai atuavam no ramo) e montou a Ximenes, imobiliária que só comercializa imóveis a partir de R$ 900 mil. Os compradores são executivos e empresários, muitos deles estrangeiros. “Tenho corretores que falam seis idiomas”, diz ele. Graças à sua formação, Ximenes utiliza também uma linguagem universal, a financeira. “Sempre digo para eles que, quem está à procura de hedge, deve comprar imóveis.” Há pouco meses, Ximenes vendeu a “mais cara cobertura na planta do País”, uma área de 1,2 mil metros quadrados na Barra da Tijuca. O preço: R$ 8,7 milhões. Agora, a Ximenes fechou uma parceria com a americana Newmark Knight Frank, com atuação em 40 países e responsável pela intermediação de negócios no setor que totalizam US$ 40 bilhões. “Vamos trabalhar juntos principalmente na praça de São Paulo”, diz Ximenes. Enfim, o boom do mercado imobiliário atrai cada vez mais gente que tem em suas mãos a chave de sua casa, de seu escritório, etc.

Consórcio imobiliário e suas vantagens

Já pensou em se tornar um investidor imobiliário? Possuir um ou mais imóveis que lhe rendam dinheiro todos os meses? Isso não só é possível, como também é muito fácil.


Não vou perder meu tempo tentando convencê-lo de que os imóveis são o melhor investimento que existe, simplesmente porque acredito que a riqueza se adquire com três classes de ativos: imóveis, ações e negócios. Invisto ativamente nos três, então sei bem do que estou falando. Mas hoje, vamos nos concentrar nos imóveis.

Existem algumas poucas fórmulas que permitem a você adquirir imóveis para viver do rendimento de aluguéis. A grande maioria das pessoas utiliza duas delas:

Poupar até juntar o dinheiro necessário: descrita pelos “especialistas” como a forma mais barata de adquirir seus imóveis, tem o grande inconveniente de você precisar esperar diversos anos até juntar o dinheiro necessário, isso se você conseguir ficar esse tempo todo sem gastar o dinheiro que está tentando economizar.
Fazer um financiamento: os mesmos “especialistas” dizem que através desta fórmula você conseguirá possuir algum imóvel, mas que no final ele terá custado três ou quatro vezes mais do que realmente vale.
Então concluimos que os “especialistas” lhe dão duas opções e afirmam que ambas são ineficientes.

Por isso que hoje vou ensiná-lo a:

Fórmula Dr. Money de Investimento Imobiliário
Esta fórmula é bastante simples e existe um excelente motivo para tal simplicidade.

Você já notou que a grande maioria das pessoas ricas que conhecemos parecem ser bastante comuns? Digo, comuns no sentido de não parecerem muito mais inteligentes que você. E essas pessoas ricas são realmente comuns, por isso que dependem de formas simples e automáticas para atingir a riqueza, para que mesmo não sendo muito inteligentes possam enriquecer.

Vamos à prática.

Como adquirir imóveis de forma segura, garantida, rápida e barata?

Resposta em apenas uma frase: através de consórcios imobiliários.

Para a explicação completa, siga lendo… É tão simples que até mesmo você vai conseguir entender.

O consórcio imobiliário certo (sim, existem os “errados”) permite que você aproveite as vantagens das duas formas tradicionais de investimento imobiliário sem ser prejudicado pelas desvantagens delas. Permite que você adquira um ou vários imóveis no menor tempo possível e com o menor custo.

Vamos analisar detalhadamente cada uma destas vantagens:

1. Compra do imóvel mais barata do que financiando
Os consórcios são uma forma de compra programada de bens onde um grupo de pessoas é formado com o fim de adquirir tal bem sem precisar recorrer a empréstimos e juros altos. O único valor a ser pago além do preço do imóvel é uma taxa de administração à empresa que organiza e administra esses grupos.

2. Compra do imóvel mais rápida do que poupando
Todo mês há várias maneiras de sermos contemplados. Devido a forma como funcionam os sorteios e os lances, todos os participantes serão contemplados muito antes do prazo final do grupo.

Sim, em um grupo com prazo de 150 meses, todos os participantes receberão seu crédito contemplado muito antes do final deste prazo. A matemática que explica isso é simples, mas se você realmente não conseguir entender isso sozinho, pergunte que eu respondo nos comentários deste artigo.

3. Compra do imóvel planejada e garantida, sem desvios de rota
Você planeja adquirir um imóvel de determinado valor, se compromete com este objetivo pagando as prestações mensais e antes do prazo determinado você terá um imóvel. Simples e certo.

4. Correção do valor ao longo do plano
Enquanto sua carta de crédito não é contemplada, o valor a que você tem direito é corrigido anualmente, garantindo o poder de compra de quando você começou a investir.

5. Possibilidade de lucros rápidos
Leia o artigo completo que explica isso em:
http://www.megacombo.com.br/2006/04/02/alavancando-o-capital-com-consorcios-4-anos/

6. Rendimentos superiores enquanto procura o imóvel ideal
Quando sua carta de crédito é contemplada, ela é automaticamente aplicada em um fundo de renda fixa com rendimento diário. Isso significa que todo o valor que você dispõe para adquirir seu imóvel passa a render, não apenas o que você pagou até o momento da contemplação.

Vou dar um exemplo para ilustrar esta questão. Você adquire um consórcio de R$ 100.000 e depois de 12 meses, tendo pago R$ 10.000 é contemplado. Neste exato momento seu crédito de R$ 100.000 é aplicado em um fundo de renda fixa. Vamos estimar que essa aplicação renda 0,8% ao mês, o que dá um rendimento de R$ 800 mensais, que mensalmente é somado ao valor disponível para comprar seu imóvel.

Note que estou falando de juros compostos, ou seja, no mês seguinte seu rendimento será calculado sobre os R$ 100.800 e assim por diante. Agora calcule o quanto representa um rendimento de R$ 800 mensais sobre os R$ 10.000 que você efetivamente pagou até o momento da contemplação. Rendimentos de 8% ao mês!

7. Mais vantagens
Há ainda uma série de características que vou apenas listar, sem desenvolver detalhadamente. Podemos adiantar prestações e esses adiantamentos valem como lance. Podemos utilizar o FGTS para oferta de lance. Podemos juntar várias cartas de crédito para comprar um imóvel de maior valor, o que nos permite começar imediatamente com um valor menor do que necessitamos e aumentar quando pudermos.


Dicas para não entrar numa fria!

Contrato
De acordo com especialistas da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) antes de decidir qualquer coisa, o importante é ler atentamente todas as cláusulas do contrato. Em caso de dúvida, antes da assinatura final, procure um especialista para analisar item por item.
Observe o prazo de duração do contrato e analise a viabilidade dele. Lembre-se de que, após a assinatura, você estará comprometido por vários meses com a empresa.
Desconfie! É melhor se precaver antes. Se por acaso a companhia ofereceu-lhe alguns benefícios que não constem em contrato, peça a inclusão do item ou não conte com isso. Amizade e "contrato de palavra" não devem influenciar nessas horas.

Produto
Fique atento a todos os detalhes do bem e dos pagamentos. Descrição do crédito, taxa de adesão e percentual de amortização mensal devem estar claros.
Atenção, também, às garantias exigidas após a contemplação do bem e à possibilidade de antecipação de pagamento.

Empresa
Todos os cuidados com contrato e produto são essenciais para evitar dor-de-cabeça no futuro. Entretanto, antes de mais nada, verifique a idoneidade da administradora e se ela está autorizada pelo Banco Central a prestar estes serviços.

Fundos de capital protegido

Produto garante devolução integral do capital aplicado, em caso de queda da bolsa de valores - Por Márcio Juliboni

Nos últimos meses, a forte volatilidade do mercado corroeu os ganhos e a disposição de muitos investidores para aplicar na bolsa de valores. Mas é possível apostar em ações com risco zero, ou seja, sem perder dinheiro.


Um meio são os fundos de capital protegido. A maioria deles garante a devolução integral dos recursos aplicados no caso de queda da bolsa. Alguns devolvem um pouco menos – cerca de 95% do investido originalmente. Diversos bancos lançaram fundos desse tipo neste ano, como alternativa a quem deseja continuar investindo em ações, mas não quer ver seu capital evaporar. “Esses fundos são ideais para momentos de grande volatilidade”, afirma Valéria Fontes, gerente de produtos da HSBC Global Asset Management.

Garantir a devolução do capital investido é uma forma de reduzir risco. E toda aplicação menos arriscada vem atrelada a uma possibilidade de ganho menor. Por isso, a segunda característica desses fundos é que o aplicador obtém o ganho integral da bolsa – ou de alguma ação na qual o gestor invista – até certo percentual. Acima deste limite, o fundo devolve o dinheiro corrigido apenas por uma taxa pré-fixada. Por exemplo, um fundo protegido pode oferecer 100% do retorno do Ibovespa (principal indicador da bolsa paulista) até o limite de 35% de alta do índice. Acima disso, o investidor receberá 105% do CDI. Nesse cenário, se o Ibovespa acumular uma alta de 20% no período do investimento, o patrimônio do aplicador subirá 20%. Mas, se houver uma disparada de 50%, o investidor receberá apenas 105% do CDI.

É por isso que os gestores afirmam que esse produto é uma aplicação conservadora, indicada para pessoas que desejam diversificar seu portfólio sem correr muitos riscos.


“Recomendamos que o investidor aplique apenas a fatia de seu patrimônio que já estava reservada para a renda variável”, afirma Aquiles Mosca, estrategista de investimentos pessoais do asset management do ABN Amro Real.

Como funciona

Os fundos protegidos são do tipo fechado, isto é, têm uma fase de captação de recursos por meio da venda de cotas, após a qual não são aceitos novos investidores. Quem perdeu a captação deve esperar até que o banco lance um novo fundo. Na maioria deles, os cotistas não podem resgatar o dinheiro antes do vencimento – um prazo que varia de 12 a 18 meses. Alguns produtos permitem o resgate antecipado, desde que o investidor abra mão de parte dos ganhos acumulados no período. Isto pode ser uma desvantagem em relação a outras modalidades de fundos, que garantem liquidez diária – isto é, o cliente pode sair da aplicação a qualquer momento.

Para blindar o investimento e assegurar o capital inicial, o dinheiro captado é dividido em duas partes. Cerca de 80% a 90% do montante é aplicado em títulos públicos pré-fixados. Papéis pós-fixados também podem entrar no portfólio, mas, nesse caso, geralmente os gestores os trocam por outros pré-fixados (no jargão do mercado, essa troca se chama swap). Os gestores escolhem um título cuja remuneração seja suficiente para, na data do resgate do fundo, recompor os 100% do patrimônio original dos investidores. São esses papéis que asseguram que, se tudo der errado na bolsa de valores, os clientes terão seu capital inicial devolvido integralmente.

O restante do dinheiro é investido em renda variável – mais especificamente, no mercado de derivativos. O instrumento preferido dos gestores, nesse mercado, são as opções de ações ou de índices da bolsa. De acordo com o cenário esperado para a bolsa, os fundos montam várias estratégias de investimento com opções. Mas a base de todas elas é garantir que a alta das ações ou do Ibovespa seja integralmente repassada para o aplicador, até dado limite. O gestor escolhe, então, opções que sejam capazes de multiplicar o dinheiro de tal modo que, ao final, seu rateio seja suficiente para garantir o retorno prometido a todos.

Algumas estratégias com opções podem garantir ganhos para o aplicador inclusive em cenários de queda da bolsa. Por isso, fundos que as adotam oferecem uma remuneração positiva ao cliente, mesmo no caso de baixa do Ibovespa. É o caso do Real Capital Protegido Van Gogh, atualmente em fase de captação de recursos pelo ABN Amro Real. Esse produto vai assegurar ao aplicador a variação positiva equivalente à queda do Ibovespa até o limite de 20%.

Riscos

De acordo com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), até 22 de agosto (dados mais atualizados), os fundos protegidos acumulavam um ganho de 0,92% neste ano. No mesmo período, os fundos atrelados ao Ibovespa perderam 12,22%. Estes números mostram a função de um fundo protegido em tempos de forte queda da bolsa – o de proteger o patrimônio do investidor.

Por outro lado, os fundos de renda fixa acumularam alta de 7,93%. Este, segundo os gestores, é o risco do fundo protegido. Receber, daqui 15 meses, a mesma quantia equivale a dizer que o dinheiro “ficou parado”, isto é, não rendeu nada. Nesse meio tempo, ele foi corroído pela inflação e, além disso, perdeu a chance de gerar remuneração se fosse aplicado em outro produto – como um fundo de renda fixa. “Na prática, o risco desses fundos é o chamado custo de oportunidade”, afirma Marcelo de Jesus, gerente nacional de fundos de renda variável da Caixa Econômica Federal.

Vários fundos protegidos foram lançados pelos bancos nos últimos meses. Alguns são abertos apenas a investidores qualificados – aqueles com uma carteira superior a 300.000 reais. Outros estão ao alcance do mercado de varejo. Mas, mesmo nesse caso, a aplicação mínima, representada pelo valor da cota, costuma ser alta – na média, 10.000 reais. Quem entra nessa aplicação precisa decidir se aceita correr o risco de não ganhar nada (mas ter o capital inicial devolvido) no resgate do fundo, em troca de um ganho na bolsa, ou aplicar o dinheiro em outro lugar.

Os fundos protegidos têm alíquota decrescente de Imposto de Renda, por isso, quanto maior o prazo para o resgate, menor será a mordida do Leão. A taxa de administração é semelhante à de um multimercado – cerca de 2% ao ano.

Tendência

Os fundos protegidos foram regulamentados em 2002, mas não se desenvolveram nos últimos anos devido ao otimismo com a Bovespa. Diante das sucessivas altas, os investidores não temiam perder dinheiro e, por isso, não pensavam em protegê-lo. Mas, com a turbulência das ações desde meados do ano passado, os bancos entenderam que havia espaço para o produto. O patrimônio total dos fundos protegidos é de 3 bilhões de reais, pouco, se comparados aos 1,2 trilhão de reais administrados pela indústria de fundos, mas com uma tendência de alta.

Desde 2007, o HSBC já lançou seis fundos protegidos, batizados de Smart. Para se ter uma idéia da demanda, o primeiro fundo captou 51 milhões de reais. O último, 145 milhões. Os fundos oferecem a rentabilidade integral do Ibovespa até uma alta de 35%. Acima desse limite, o retorno é representado por 110% do CDI. Os prazos variam de 15 a 18 meses. “Estudamos lançar mais um fundo até o final do ano”, afirma Valéria Fontes, gerente de produtos da HSBC Global Asset Management.

A Caixa lançou dois fundos neste ano: Capital Protegido 1 e 2, em maio e julho, respectivamente. O primeiro captou 100 milhões de reais e o segundo, 84 milhões. Em comum, eles oferecem remuneração integral do Ibovespa até um limite de 50% de alta. Acima disso, o Capital 1 devolverá 101% do CDI, e o Capital 2, 106% do CDI. É possível que um novo fundo seja aberto até o final do ano, diz Marcelo de Jesus, gerente nacional de fundos de renda variável do banco.

Além do fundo que está aberto para captação, o ABN Amro Real já lançou dois neste ano, que totalizaram 120 milhões de reais. O primeiro, em fevereiro, garante remuneração integral até uma alta de 35% do Ibovespa, e ganho de 128% do CDI acima disso. O segundo, montado em abril, oferece ganho integral até 40% do Ibovespa e 120% do CDI acima do limite. Além disso, se o Ibovespa cair até 20%, o investidor receberá a remuneração equivalente. Um quarto fundo deve ser lançado até o final do ano.

Segundo Aquiles Mosca, estrategista de investimentos pessoais do asset management do ABN Amro Real, uma prova de que o produto é adequado para o momento é o interesse que atraiu de diversos tipos de investidores. Houve quem migrasse de uma carteira ou fundo de ações para o fundo protegido, e aqueles que deixaram a renda fixa rumo a ele. “É um modo de continuar na bolsa, mas resguardando seu capital”, afirma Mosca.

Como comprar e vender ações

1 - Home Broker
É o sistema de negociação eletrônica que permite aos clientes operar na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), via internet. O Home Broker está conectado diretamente ao sistema de negociação da Bovespa e permite o envio de ordens de compra e venda de ações e opções com rapidez e segurança pela corretora de escolha do cliente. (O guiadeinvestimento disponibiliza um comparativo das principais corretoras da Bovespa na seção Corretoras)

Além da praticidade e da agilidade nas negociações, o Home Broker oferece vantagens como consulta a informações financeiras e de custódia, envio de ordens programadas, notícias do mercado, estudos gráficos e cotações em tempo real. Apenas corretoras de valores regulamentadas na Bovespa podem oferecer este tipo de ferramenta aos seus clientes. Clique aqui para visualizar um quadro comparativo de corretoras e seus serviços.

2 - Mesas de operações
É a ferramenta para operação em bolsa de valores, através de assessores especializados, para a realização das negociações no mercado financeiro. As mesas de operações permitem a negociação, por telefone, de ações, opções, termo, futuro, à vista e operações descobertas.

Pela mesa de operação é possível verificar ainda a abertura do mercado e consultar os índices futuro, dólar e commodities agrícola. Esta ferramenta possibilita tanto a negociação na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) quanto na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).

Veja as formas de negociação no mercado à vista:

É a compra ou venda em pregão de determinada quantidade de ações para liquidação imediata.


A liquidação física, ou seja, entrega dos títulos comprados ao seu comprador, é feita três dias úteis após a operação (D+3). A liquidação financeira, pagamento ou recebimento dos recursos financeiros oriundos da compra ou venda dos papéis, é formalizada em até três dias úteis após a operação.

1 - Normal
É a operação regular no mercado de compra e venda de ativos. Para a operação ser considerada normal, não pode ser feita em um mesmo pregão, por uma mesma corretora e por conta do mesmo investidor.

2 - Day Trade
É uma operação no mercado à vista que permite a compra e venda de uma mesma ação, opção ou índice em um mesmo pregão, por uma mesma corretora e pelo mesmo investidor, obrigatoriamente. Este tipo de negociação se caracteriza como uma operação de arbitragem e sua liquidação financeira é realizada no terceiro dia útil após a realização do pregão (D+3), no caso de negociação com ações.

3 - After market
É o mercado de negociação fora do horário de pregão regular. Este mercado funciona pelo Home Broker nos seguintes horários: Call de abertura às 17h30, e funcionamento de 17h45 às 19h (horário normal) ou de 18h45 às 19h30 (horário de verão).

Além do horário diferenciado, o after market conta com algumas características especiais como permissão de negociações apenas no mercado à vista, limite de ordem de R$ 100.000,00 por investidor e variação máxima de 2% sobre o preço do fechamento do horário normal da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).


Aprenda sobre os tipos de ordem de compra e venda dos ativos:

1 - Ordem do tipo start
É uma ordem de compra de ações e opções enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), vinculada a um preço máximo. Quando a ordem start é solicitada, o papel em questão é comprado quando o preço no mercado atingir ou ultrapassar o preço pré-determinado pelo cliente (preço start). A ordem start tem prazo de validade de 30 dias e, após este período, o investidor deve voltar a registrá-la caso ela não tenha sido executada.

Exemplo: Se um investidor deseja comprar uma ação apenas após a confirmação do rompimento de uma resistência, ele poderá determinar o valor de disparo da ordem e o preço limite a ser pago pela ação. Suponha que uma ação esteja sendo negociada a R$ 20,00, sua resistência é R$ 21,50 e o investidor queira comprar a ação apenas se conseguir o negócio acima dessa resistência. Neste caso, poderá ser colocada uma ordem com o preço de start a R$ 21,51 e o preço limite a R$ 21,60.

2 - Ordem do tipo Stop
É uma ordem de venda de ações ou opções enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cujos critérios de validação são previamente estabelecidos pelo cliente. A ordem stop tem prazo de validade de 30 dias e, após este período, o investidor deve voltar a registrá-la caso ela não tenha sido executada.

A ordem do tipo stop pode ser usada como proteção para o investidor, já que a ordem de venda é enviada à Bovespa quando o preço da ação ficar abaixo do limite determinado pelo investidor.

Exemplo: Se um investidor comprar uma ação a R$ 2,00 e quiser limitar sua perda a 10%, ele pode determinar uma ordem stop limitada a R$ 1,80. Quando o preço do último negócio for igual ou menor a R$ 1,81 (preço stop), será disparada uma ordem de venda limitada a R$ 1,80 (preço limite).

Este mecanismo permite ainda que o preço de disparo seja diferente do preço limite de execução. O investidor pode estabelecer o preço de disparo da ordem em R$ 1,80 (preço stop), mas com execução limitada a R$ 1,70 (preço limite). Vale lembrar que mesmo que a ordem esteja limitada a uma venda de até R$ 1,70 o preço de execução poderá ser superior caso haja um comprador a preço melhor no momento da execução.

3 - Ordem Stop Simultâneo
É uma ordem de venda enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cujo disparo é definido por dois parâmetros diferentes. Neste caso, a ordem pode "stopar" um prejuízo ou "stopar" um lucro, válida por 30 dias.

Exemplo: Um investidor que tenha comprado uma ação a R$ 20,00 pode limitar seu prejuízo a R$ 19,00 por ativo e seu lucro a R$ 22,00 por papel. Neste caso, ele colocará a ordem de stop simultâneo com estes dois preços limites para disparo da ordem. Ao ser atingido um dos dois parâmetros, a ordem segue apenas uma vez para a Bovespa. Ou seja, mesmo que o segundo parâmetro venha a ser atingido futuramente, este não será realizado, visto que a ordem já terá sido executada de acordo com o primeiro parâmetro.

4 - Ordem do tipo Stop Móvel
É uma ordem que acompanha uma possível alta do mercado ajustando o preço limite para cima e o preço stop conforme determinação do cliente. Esta ordem, muito utilizada em mercados mais desenvolvidos, também é chamada de Trailling Stop (stop de pico).

Ao enviar a ordem stop móvel, o cliente deve preencher quatro campos de preço: stop, limite, início móvel (preço "gatilho", sempre acima do mercado, que iniciará o processo de mobilidade dos preços stop e limite) e ajuste inicial (acréscimo sobre o valor dos preços limite e stop quando o início móvel for atingido)

No envio da ordem pelo Home Broker, os valores stop e limite serão corrigidos pelo valor financeiro, e não por percentual (usados em outros mercado).

Exemplo: Um investidor envia uma ordem stop móvel para o papel PETR4, cuja cotação hipotética está em R$ 100,00. O preço stop será registrado em R$ 95,00 e o limite, em R$ 94,00. Caso o preço caia para R$ 95,00, o sistema enviará ordem a 94,00.

Caso o cliente deseja que o preço stop suba caso PETR4 tenha alta, por exemplo, atinja o valor de R$ 105,00, ele precisa definir que stop seja ajustado para R$ 98,00 (acréscimo de R$ 3,00). Neste caso o início móvel passará a ser R$ 105,00. O limite após ajuste também será acrescido de R$ 3,00, passando para R$ 97,00.

Vale ressaltar que, assim que o início do móvel for atingido, os valores stop e limite se ajustarão a cada variação (centavos) caso a alta da PETR4 persista. Ou seja, se após o início do móvel a PETR4 suba mais e atinja a cotação de R$ 107,53, o preço stop subirá na mesma proporção, indo para R$ 100,53 (R$ 98,00 + R$ 2,53). Neste caso, o o preço limite vai pra R$ 99,53 (R$ 97,00 + R$ 2,53). É importante lembrar que o preço stop nunca se move para baixo, ou seja, se PETR4 voltar a cair a ordem será enviada a R$ 99,53, assim que o preço atingir R$ 100,53.

5 - Ordem limitada
É um tipo de ordem que, obrigatoriamente, terá um preço máximo de compra e um preço mínimo de venda. As ordens inseridas pelo Home Broker são sempre do tipo limitada, por exigência da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

Lembramos que uma operação pode ser executada a um preço mais favorável, caso a contraparte tenha inserido uma ordem a um preço superior ao determinado como limite para a venda, ou a um preço inferior no caso da compra.

6 - Ordem administrada
É um tipo de ordem que especifica somente a quantidade e as características dos ativos ou direitos a serem comprados ou vendidos, ficando a execução a critério daCorretora.

7 - Ordem casada
É uma ordem vinculada à execução de uma outra ordem do mesmo cliente, ou seja, só será realizada caso a ordem casada também seja. Pode ter ou não limite de preço.

8 - Ordem discricionária
É uma ordem feita por um administrador de carteira de títulos e valores mobiliários, ou por representante de mais de um cliente, que estabelece as condições em que a ordem deve ser executada. Após a execução, o administrador indicará os nomes dos clientes que deverão receber a quantidade de ativos diretos oriundos da operação e o respectivo preço.

9 - Ordem de financiamento (Compra à vista e Venda Opção)
É um tipo constituída por uma ordem de compra de um ativo no mercado da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), e outra de venda de opção do mesmo ativo. As ordens podem ser executadas no mesmo ou em outro pregão.

10 - Ordem a mercado
É uma ordem que especifica somente a quantidade e as características dos ativos e direitos a serem comprados ou vendidos. Deve ser executada a partir do momento em que for recebida pela corretora.

11 - Ordem Monitorada
É um tipo de ordem em que o cliente, em tempo real, decide e determina à corretora as condições de execução.

Atenção:

1 - Os preços dos ativos se alteram com o pagamento de proventos (dividendos, bonificações, splits e grupamentos) e podem provocar o disparo de uma ordem stop ou start. A responsabilidade pelo monitoramento da ordem é de exclusiva responsabilidade do investidor. O guiadeinvestimento recomenda que o investidor acompanhe, diariamente, o comportamento do seu ativo para que uma ordem stop ou start não seja disparada em uma nova situação de mercado.

2 - Uma ordem stop só será disparada caso a posição de ações esteja disponível no momento do disparo. Uma ordem start só será disparada caso o investidor possua limite financeiro disponível para compra.

3 - O registro de uma ordem start ou stop limitada não garante sua execução. A execução das ordens depende das regras operacionais determinadas pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

Planilha para planejamento financeiro

Montar uma planilha de orçamento pode ser o primeiro passo no rumo de um planejamento financeiro eficiente. E, nessa hora, vale a pena preparar uma ferramenta que reflita os seus padrões de renda e consumo. Afinal de contas, a planilha tem que refletir o seu orçamento, e não um modelo padrão que não atenda às suas necessidades.


No entanto, quem nunca construiu uma planilha de orçamento pode se beneficiar de algumas dicas. Embora essas sugestões não sejam válidas para todas as situações, podem facilitar a tarefa para quem está começando e aperfeiçoar o acompanhamento de já desenvolveu uma planilha. ..............................................................................


:: Faça aqui o download da planilha controle financeiro
:: Faça aqui o download da planilha orçamento doméstico

:: Faça aqui o download da planilha orçamento pessoal

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Mês a mês

Uma sugestão é criar a planilha analisando suas contas mês a mês, organizando os meses em colunas. Após a coluna referente ao mês de dezembro, crie uma outra que traga a soma de todos os meses, ou seja, use a função de soma para gerar este número automaticamente com base nas informações já digitadas.

Vale sempre lembrar que a primeira coluna da planilha deve trazer a descrição de cada conta. Procure também criar, para cada categoria, uma linha para o total, visando facilitar sua análise. Isso permite que você, além de acompanhar cada conta ao longo do tempo, tenha uma visão mais simples do todo.

Para sofisticar mais a planilha e facilitar a análise, você pode incluir uma fórmula que calcule o quanto cada categoria equivale do total. Por exemplo: se as despesas com alimentação são R$ 1.250, de um total de R$ 6.000 de gastos, fica fácil visualizar a importância desse item, que representa 20,8% das despesas.


Contabilizando as receitas

Na hora de preparar a parte da planilha referente às receitas, é importante segregar as diversas categorias. Você pode começar pelas receitas de trabalho, como salários, décimo terceiro, horas extras, comissões, férias e bonificações.

A seguir, você pode considerar as receitas com investimentos, que incluem juros recebidos, ganhos de capital e dividendos. Caso seja relevante, crie também uma categoria para rendimentos de aposentadoria.

Outras categorias que podem ser incluídas são devolução de impostos, devolução de pagamentos, ganhos com loterias, pensões recebidas e prêmios de seguros.

Segregando as despesas

Para facilitar a visualização, você pode ordenar as diversas categorias de despesas por ordem alfabética. As cinco primeiras são: alimentação (açougue, supermercado, restaurantes, outros), aluguel, animal de estimação (caso relevante), automóvel (combustível, manutenção, equipamentos, seguros e outros) e contas a pagar (água e esgoto, condomínio, eletricidade, gás, internet, lixo, telefone fixo, telefone celular , TV a cabo, outros).

A seguir, você pode criar categorias para despesas com bens de consumo ( eletrodomésticos, informática, telefone etc), despesas com filhos (babá, educação, lazer, roupas, saúde, outros), despesas domésticas (funcionários, itens de decoração, lavanderia, manutenção, reformas e seguro residencial), despesas financeiras (juros, anuidade de cartão), despesas pessoais (incluindo seguros pessoais), diversos, doações, férias (acomodação, aluguel de carro , passagens, outros) e impostos.

Para completar, utilize categorias como lazer (artigos esportivos, cinema, eventos culturais, espetáculos, fotografia, jogos, livros e revistas, música e outros), presentes, retiradas para pequenas despesas, roupas, pensões a pagar, saúde (dentista, exames, hospital, médicos, planos de saúde, remédios) e tarifas bancárias.

Previsões versus dados efetivos

O principal objetivo desta ferramenta é permitir que você compare as metas que traçou com os resultados efetivos. Ou seja, você pode avaliar rapidamente se conseguiu atingir ou não os objetivos estabelecidos, flexibilizando o processo de decisão e de possível ajuste, caso necessário.

A forma mais fácil de comparar os dados é colocá-los em seqüência. Ou seja, tente construir uma planilha onde em uma linha você tenha as metas, com a linha seguinte sendo usada para incluir os dados efetivos. Você pode ter uma visualização mais fácil do desvio em relação às metas criando uma terceira linha, que calcule automaticamente a diferença entre as metas e a realidade.

Cada coluna, por sua vez, pode ser usada para avaliar a evolução de suas metas e dos dados efetivos ao longo do tempo. Dependendo do tempo disponível, você pode usar a planilha com dados mensais (mais recomendado) ou anuais. Deste modo, fica fácil: você cria uma matriz onde pode comparar tanto os totais (vertical), como cada um deles ao longo do tempo (horizontal).

Integre com a planilha de orçamento

Você não necessita fazer uma previsão de todas as contas do seu orçamento, somente as linhas principais, como receitas, despesas e a diferença entre elas, a poupança líquida. Portanto, a planilha acaba ficando simples e rápida de preparar.

Uma sugestão para tornar o processo ainda mais eficiente é criar esta ferramenta como uma pasta dentro da sua planilha de orçamento. Isso permite que sejam criados links entre as pastas, de forma que a atualização de uma pasta automaticamente altera os números de outra pasta.

Alguns cuidados

Na hora de preparar sua planilha, é fundamental diferenciar entre despesas efetivas e meios de pagamento. Isso explica porque não é recomendado criar uma categoria para cartão de crédito, por exemplo. Afinal de contas, as despesas realizadas com cartão de crédito se encaixam em outras categorias.

Caso tome ou faça empréstimos (incluindo financiamento de casa própria), tente sempre segregar o que se relaciona, de um lado, ao principal e, de outro, a juros (que podem ser encaixados nas categorias acima). Isso é recomendável para não misturar o dinheiro que é investido para comprar um apartamento , por exemplo, dos juros pagos no empréstimo tomado junto a um amigo.

O mais importante é sempre lembrar que dificilmente duas pessoas ou famílias terão planilhas de orçamento iguais. Use sua criatividade e adapte a planilha às suas necessidades.

DICAS: O que priorizar?

1 - Dívidas em primeiro lugar

No planejamento, devem ser priorizados alguns aspectos. O primeiro deles é o pagamento das dívidas. Isso porque elas sobem a cada dia com a cobrança de juros e, quanto mais cedo quitá-las, melhor.

As dívidas podem ser consideradas vilãs do orçamento doméstico. Com elas, o consumidor é prejudicado por ter o nome sujo na "praça", o que o impede de realizar compras a prazo e realizar sonhos.

2 - Reservas e poupança

Depois de quitadas as dívidas, a segunda prioridade é começar a poupar. Mas é preciso saber identificar a diferença de poupar e economizar. "Quando você compra uma bolsa mais barata, mas sai da loja e compra um sapato, você economizou na bolsa porque pagou menos, mas não poupou. Mas se não usar esse dinheiro economizado, aí sim ele pode virar poupança", disse a diretora.

O exemplo explica que poupar só é possível se for controlado o desejo do consumo. Antes de pensar em adquirir um produto, pense se realmente precisa dele.

Alem disso, deve-se atentar às contas imprevistas, o chamado extraordinário, que acontece com muito mais freqüência do que o imaginado. E é por isso que uma das prioridades deve ser montar uma reserva de emergência. Ela garantirá que você não "ficará na mão" quando acontecer algum problema.

Imóvel e futuro

Como a casa própria é um bem de alto valor, o peso do financiamento dela no orçamento é muito grande. Por isso, quando tiver uma "grana extra" ou quando for possível, quite esta dívida. Ela garantirá dias mais tranquilos. Pense que, quando quitado, isto fará parte de seu patrimônio.

Depois de quitadas as dívidas, poupado, criado uma reserva de emergência e pago a conta de maior peso no orçamento, chegou a hora de pensar na família e no futuro. Se o orçamento estiver equilibrado, é hora de fazer seu dinheiro render. Escolha o tipo de investimento adequado ao seu perfil de risco e garanta renda para quando se aposentar.

Problemas com a corretora?

O que fazer para não perder dinheiro quando a empresa falhar na execução de uma ordem de compra ou venda de ações.


É preciso ficar bem atento na hora de pedir à sua corretora que compre ou venda ações de uma empresa negociada na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A corretora é a intermediária entre o investidor e o mercado fi nanceiro.

Erros nessas ordens são o principal motivo das reclamações registradas pelo ombudsman do mercado da Bovespa. No ano passado, foram recebidas 264 queixas de investidores que tiveram suas operações realizadas de forma errada ou que não foram executadas de maneira fiel. Já foi pior. Há três anos foram registradas 530 reclamações na Bovespa. Diferenças nos valores e nas quantidades dos pedidos de compra ou venda de papéis não são o único problema que pode acontecer quando você faz transações no mercado de ações. Também pode ocorrer demora na transferência da carteira de ações para outra corretora e até mesmo erros nos créditos da empresa emissora das ações. Em qualquer dessas situações, se houver prejuízo, você não precisa ficar lastimando a perda de dinheiro. Dá para remediar. Uma alternativa é acionar o ombudsman da Bovespa. Ele vai ouvir a sua reclamação e examinar seus argumentos. Depois vai sugerir um encontro com a corretora, para tentar solucionar o caso. A consulta com o profi ssional é confi dencial e gratuita.

Se não houver um acordo com a corretora por meio dele, você pode recorrer ao Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP) da Bovespa, o antigo Fundo de Garantia da bolsa. O MRP assegura ao investidor indenização de até 60 000 reais caso ocorram situações como a execução infi el das ordens ou a não-execução — ou a compra ou venda de ações com um valor maior ou menor do que você pediu. Para valores superiores a 60 000 reais, o caminho é a Justiça comum. Mas, antes de recorrer à Justiça, saiba o que fazer para solucionar os problemas mais comuns que podem ocorrer nas transações com ações.

PROBLEMA
A ordem de compra ou venda eletrônica não foi realizada ou foi feita com erro

SOLUÇÃO
Fale direto com a ouvidoria da corretora que faz as transações financeiras para você. Para evitar um impasse com a corretora, você deve arquivar todas as suas ordens de compra e venda de ações. Assim, se precisar provar que solicitou a operação, basta imprimir uma cópia da ordem de transação financeira. Algumas corretoras encaminham por e-mail a confirmação do recebimento da ordem de compra ou venda. Certifi que-se de que sua corretora pode encaminhar essa ordem para você. “Desse jeito, o cliente pode acompanhar todas as suas operações com mais transparência”, diz Otávio Sant’Anna, gerente de homebroker da corretora Coinvalores, de São Paulo. Esse tipo de problema ocorre, em geral, por falha no sistema eletrônico da corretora, que não registra a ordem do cliente. Neste caso, a corretora deve arcar com o prejuízo, fazer a compra das ações, mesmo se a cotação tiver disparado entre o momento da ordem e a percepção do erro. Se a falha foi na diferença de valores, a corretora também deve fazer a correção de preços.

PROBLEMA
A ordem feita por telefone não foi executada

SOLUÇÃO
A situação fica um pouco mais complicada. Há poucas chances de provar que a ordem de compra ou venda foi realmente feita. Mas não desista. O primeiro passo é encaminhar a reclamação para o ombudsman da Bovespa. Ele fará a mediação. “Apesar de mais difíceis, essas queixas podem se resolver muito rapidamente”, diz Joubert Rovai, ombudsman do mercado. Cerca de 90% das reclamações recebidas têm procedência. Para evitar esse tipo de impasse no mercado de ações, o ombusdman sugeriu que as corretoras gravem todas as ligações com os seus clientes. Mas só algumas já adotaram o sistema.

PROBLEMA
A corretora demora muito para liberar a transferência da sua carteira

SOLUÇÃO
Procure o ombudsman da Bovespa. Não existe um prazo mínimo estipulado para a transferência, mas é possível reclamar pelos abusos. “O ideal é em torno de dez dias”, diz Joubert. A oncorrência
entre as corretoras está acirrada, estimulando o cliente a trocar de corretora em função das taxas mais baixas cobradas por elas. Mas, se o processo de transferência demorar muito, o investidor pode ficar no prejuízo. “Ele corre o risco de perder boas oportunidades no pregão”, diz Jansen da Costa, diretor da corretora carioca Ativa.

PROBLEMA
A companhia não creditou o valor correto do dividendo

SOLUÇÃO
Qualquer reclamação em relação à companhia emissora da ação deve ser encaminhada à Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável pela regulamentação e fi scalização do mercado de capitais.

PROBLEMA
O imposto do investimento não foi pago

SOLUÇÃO
Aqui você não tem para quem reclamar. Procure rapidamente a Receita Federal para quitar as pendências e evitar cair na malha fi na. “Muitos investidores novatos, acostumados a aplicar em fundos, deixam de pagar o imposto, pensando que o recolhimento é uma responsabilidade da corretora”, diz Jansen, da Ativa. Quem aplica diretamente em ações é responsável por fazer a apuração tributária todo mês. Só incide imposto se o valor total dos papéis vendidos no período superar 20 000 reais.

Estratégias: assumindo nossas fraquezas

Assistimos durante o ano de 2003 um forte crescimento da Bolsa em todos os sentidos. Entrada agressiva de capital estrangeiro, uma valorização de quase 100% no ano e o aumento considerável de pessoas físicas investindo e operando. O problema é o último ponto. Não vou me sustentar em dados, mas foi perceptível que a "grande massa" entrou no final do ano passado, ou seja, no fim da grande alta. Mas qual o problema disso? Entrada de novos participantes é muito bom, o interesse em investir no Mercado de Capitais também, mas gostaria de passar alguns pontos que considero relevantes e que agora ficam mais compreensíveis.



O primeiro ponto que vejo é o fato de a maioria ter chegado atrasada na Bolsa. Muitos chegaram ansiosos depois de várias e várias reportagens em todos os jornais quase diariamente falando da fantástica valorização da Bolsa, de como é fácil investir, etc etc.. O porém é que só lembram de falar da Bolsa quando está em franca tendência de alta - ainda mais: comentam no final da alta!
Mas por quê as pessoas entram na Bolsa simplesmente por emoção, impulso, sem ao menos ter definido uma estratégia mínima para seus investimentos?

E o engraçado é que com duas semanas de operação, muitos já falam para os amigos que são " traders " e que já ganham mais que o próprio salário. Ok, não é proibido investir ou especular, nem ser um " trader " em duas semanas. O problema disso tudo é que as coisas são feitas sem estratégias. E quando falo de estratégias, é isso mesmo, quase como uma estratégia de guerra.

A meu ver, primeiro referencial que um investidor deve ter é o seu retorno relacionado a outro retorno livre-de-risco - considero livre-de-risco papéis soberanos emitidos pelo governo, rendendo taxa de juros ou taxa fixa, etc.


Vou pegar o exemplo do CDI: aposto que muitos dos que entraram há seis meses na Bolsa não conseguiram sustentar pelo menos uma média de valorização de 300% do CDI. E se você está em um mercado de alto risco, o mínimo que se poderia esperar seria isso, senão, outras formas de investimento muito menos arriscadas deverão ser consideradas.

Segundo ponto é a definição clara de estratégias de operação. Essa eu considero a parte mais complicada e delicada, pois aqui me incluo, apesar de ter progredido muito ultimamente - estou no mercado a cerca de um ano e meio.

É uma regra básica e simples: relação Risco/Retorno. Se você está arriscando seu capital na Bolsa, o que se espera é que tenha um retorno que considere o risco envolvido. Mas como sistematizar tudo isso? Bom, vou partir do pressuposto que o investidor conhece e usa disciplinadamente estratégias de stops . Por exemplo: faz uma compra de um papel X a 6,50 e imediatamente coloca stop a 5,45. Ok, até aí tudo bem, considerando que sabe o motivo de estar comprando a esse preço e colocando stop nesse nível. Mas aí a ação sobe 3% em dois dias e ele pensa: - Ótimo, 3% em dois dias! Vai lá e encerra a operação.

O que há de errado nisso? Ele não ganhou dinheiro? Sim, embora o problema tenha sido a estratégia de Risco/Retorno que ficou praticamente 3 para um 1, ou seja, arriscou 3% do seu capital para ganhar apenas 1%, considerando que se batesse no stop seria vendido (há outros riscos de ordem técnica que não entrarei em detalhes). E isso sob uma ótica de risco é péssimo. Além do mais, existe estudo comprovando que o ser humano tende a relaxar em um momento de prejuízo, sempre pensando que vai subir e acaba se agarrando na posição perdedora, e por fim ainda realizando o lucro cedo demais. Isso é uma atitude normal, mas que deve ser corrigida.

Por fim, aos que não estavam bem preparados e nesse início de ano não se deram bem pelas grandes oscilações, só recomendo uma coisa: estude, estude muito e, acima de tudo, desenvolva estratégias tanto para os momentos felizes quanto os tristes. Estes sempre existirão. Não adianta ficar com raiva do mercado, pois foi sempre assim que funcionou e assim será. Basta ser disciplinado e não levar a "coisa" como uma brincadeira, pois isso envolve dinheiro, às vezes muito dinheiro e tenho certeza que ele não é conseguido de graça ou com pouco esforço. Valorize seu dinheiro, cuide-o e ele cuidará de você em dobro.

INVESTIMENTOS PAPO FURADO

Bolha de sabão. Ganham os que sabem a
hora de entrar e a de sair. Historicamente,
nenhuma alta da Bolsa sustenta-se por muito
tempo







No Brasil, os dados mostram que nos últimos 14 anos o Ibovespa levou uma lavada do CDI, o Certificado de Depósito Interbancário, um título de renda fixa de baixo risco que reflete o juro praticado no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, estudos revelam praticamente um empate entre renda fixa e variável, ou seja, a fixa oferece uma relação entre risco e retorno mais vantajosa para o investidor.

Por falta de base estatística mais longa, a comparação feita no Brasil não é ideal porque pega um período em que a economia brasileira foi assolada pela hiperinflação. Tomando-se como base 100 e descontada a inflação pelo IGPDI, de 1986 para cá, ano em que o CDI passou a existir, esse título acumulou uma alta de 687,2%, enquanto o Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, rendeu 298,4% (veja gráfico).

COVARDIA. Chega a ser uma covardia colocar os juros praticados na época para segurar preços incontroláveis frente a frente ao retorno das ações de empresas com crescimento prejudicado pelo cenário econômico, agravado por diversos planos que deram errado e por uma abertura selvagem ao mercado externo. E mesmo assim, quantas vezes o investidor brasileiro teve de ouvir aquela máxima durante esse período?

"Dizer que o investimento em ações é bom negócio no longo prazo é um mito. Pelo menos no Brasil, onde o mercado não tem estabilidade e não existe uma lei de sociedades anônimas que proteja o investidor" , diz Carlos Augusto Levorin, diretor da ClickInvest Gestão de Ativos, ex-corretora Síntese. "Aqui, para se ganhar dinheiro é preciso aproveitar os picos, sabendo a hora de entrar e a de sair, independentemente de prazos. É preciso ser jogador" , diz. E completa: "O gerente do banco nunca dirá a seu cliente que é hora de sair do fundo de ações" .

BALELA. Seja em relação ao mercado brasileiro ou norte-americano, Fausto de Arruda Botelho, diretor da Enfoque Gráfico e especializado em análise técnica (grafista) de mercados de risco, é cético quanto ao bom retorno das ações no longo prazo. "Isso é uma balela. A Bolsa de Nova York só se recuperou do crash de 1929 depois de 25 anos" , diz.

O prazo de, por exemplo, 20 anos, contido nesse período de 25 anos que a Bolsa norte-americana levou para se reerguer, é considerado longo e não trouxe qualquer alegria para o investidor. Em compensação, quem entrou na Bolsa norte-americana há cinco anos ainda não sabe o que é perder dinheiro. O que leva a crer que o ganho não depende da duração do investimento, e sim dos momentos certos em que se compram e se vendem as ações.

Segundo Botelho, essa conversa de que investir na Bolsa a longo prazo é um bom negócio começou a se difundir no Brasil principalmente nos anos 70. "Na época, servia para consolar as pessoas que viram suas ações virarem pó em 1972, com o início da crise do petróleo", diz.

RESPALDO. Já que a comparação entre renda fixa e renda variável não encontra bases ideais no Brasil - a hiperinflação e suas conseqüentes mudanças de moeda interromperam as séries estatísticas e distorceram a economia -, tentemos o exemplar mercado norte-americano.

Um gráfico publicado no livro Valuing Wall Street, de Andrew Smithers e Stephen Wright, mostra que a média histórica do retorno real (descontada a inflação) do mercado acionário norte-americano desde 1900 é de - pasme! - 6,75% ao ano. O estudo é cuidadoso: para calcular o retorno médio ao investidor, o levantamento tirou uma média dos horizontes de aplicação, variando de um a 30 anos, por considerar que diferentes investidores ficam com o papel durante períodos diversos.

EMPATE. Comparando esse retorno de 6,75% da Bolsa norte-americana com o yield (principal mais juros) dos bônus de 20 e 30 anos do governo dos Estados Unidos, o resultado é quase um empate. Henry Kaufman, no livro On Money and Markets, mostrou que o yield desses bônus desde maio de 1950 chega a pouco mais de 6%. Com um detalhe: são aplicações praticamente livres de risco.
Julio Ziegelmann, diretor da BankBoston Asset Management, e Jorge Simino Jr., diretor da Unibanco Asset Management, trabalham com estatísticas diferentes. Segundo eles, uma das premissas que utilizam para fazer cálculos do fluxo de caixa descontado, a fim de avaliar o preço justo das ações, é de que a Bolsa norte-americana oferece um retorno vantajoso sobre os bônus do governo, desde 1926.

Segundo Simino, a diferença gira em torno de 5,5 pontos porcentuais para as ações mais negociadas, e de 7,6 entre as small caps, sobre as obrigações de longo prazo do governo, segundo os autores Zvi Bodie, Alex Kane e Alan Marcus, de acordo com uma simples média geométrica. Não é o que mostram os dados de Kaufman e de Andrew Smithers e Stephen Wright. "Talvez essa contradição entre os números deva-se ao tipo de cálculo. O outro levantamento (de Smithers e Wright) é mais sofisticado porque tira a média do investimento médio" , diz Simino.

NOVA ERA. Se nos últimos 14 anos a Bolsa perdeu feio para o CDI - é um fato, apesar (e por causa) de todas as aberrações da economia brasileira -, analistas estimam que a partir de agora se inicia uma nova era, de estabilidade e crescimento promovido por juros baixos.

"De agora em diante, a tendência é de que investir em Bolsa vire uma coisa normal e que ela deixe de ser vista como um cassino" , diz Luís Eduardo Assis, diretor de administração de recursos do HSBC. Segundo ele, ainda hoje a Bolsa brasileira oscila a reboque dos fatos macroeconômicos. Com a estabilidade, porém, passará a refletir principalmente a rentabilidade das empresas.
E essa rentabilidade, na opinião de Gina Baccelli, economista-chefe da Lloyds Asset Management (LAM), tende a crescer muito porque as empresas brasileiras ficaram mais competitivas e eficientes para conseguir sobreviver num ambiente cambial hostil.

Antes, com os juros altos, o aplicador tinha um bom retorno para um risco baixo. "De agora em diante, o investidor vai ter de aprender a conviver com o risco para conseguir retorno" , diz Paulo de Sá Pereira, diretor de estratégia de investimentos da LAM.

Ao se falar em nova era de crescimento e estabilidade no Brasil, em que a Bolsa passaria a ter uma alta consistente ao longo do tempo, não dá para não citar alguns capítulos do livro Irrational Exuberance, do economista Robert J. Shiller, professor da Yale University. Shiller descreveu, desde 1900, as expansões do mercado acionário norte-americano que estiveram associadas às percepções das pessoas de que o futuro seria mais brilhante ou menos incerto do que o passado. O termo nova era foi, até mesmo, usado diversas vezes para descrever esses momentos, que tiveram a duração interrompida ao contrário do que se imaginava.

INSUSTENTÁVEL. Para provar que as altas da Bolsa são insustentáveis depois de um certo período, como bolhas de sabão que estouram, e que o fenômeno não se atém apenas aos Estados Unidos, Shiller compilou as maiores altas de Bolsas de 36 países. O período de maior alta durante cinco anos é fatalmente seguido por outro, com igual duração, de correção de preços (veja alguns desses países na tabela). É o que ele chama de bolhas especulativas, em geral associadas ao efêmero entusiasmo das ditas novas eras.

A Bolsa da estável economia norte-americana mostra-se uma verdadeira montanha-russa. Ou o caso típico de um paciente maníaco-depressivo. Segundo o retrospecto de Shiller, o sobe-e-desce começa em 1901, com a euforia do novo século e a chegada de adventos tecnológicos como o trem que iria correr a 150 milhas por hora, a primeira transmissão de rádio atravessando o Oceano Atlântico e as previsões de que em breve haveria comunicação entre a Terra e Marte por meio do rádio.

Os jornais publicavam histórias de porteiros e camareiras que haviam feito fortuna na Bolsa. Além disso, numerosas associações, fusões e formação de trustes levavam a crer que as empresas iriam crescer como nunca, unindo forças e acabando com a competição. O balde de água fria veio em março de 1902, quando Roosevelt ressuscitou uma lei antitruste de 1890.

IMAGINÁRIO. Outra nova era emblemática foi a dos anos 20, de grande crescimento econômico nos EUA, mas que não foi além de uma quinta-feira de outubro de 1929. Em meados da década de 50, anunciou-se mais uma era mágica. A televisão ajudou a mexer com o imaginário das pessoas que, enfim, podiam visualizar o progresso.

Na década de 60, Kennedy era visto como a encarnação do otimismo nacional e a força do mercado de ações. Na época, chegou-se a pensar que a Bolsa era escudo contra a inflação. A barreira psicológica dos mil pontos do Dow Jones foi quebrada, mas durou pouco, até a crise do petróleo, nos anos 70. E por aí vai.

Tudo isso para resultar numa rentabilidade média anual de 6,75% no longo prazo. Prazo em que - como já disse o grande economista John Maynard Keynes - estaremos todos mortos .